Nos últimos anos tem surgido um novo
homem, produto da sociedade ocidental atual, o homem light. Aquele
que leva como bandeira o hedonismo, o consumismo, a permissividade e a
relatividade. Aquele cuja única meta na vida é alcançar o êxito e anda de mãos
dadas com o dinheiro, o consumo e o facilitismo porque ao fim e ao cabo se baseia
no materialismo, na aquisição e satisfação imediata de seus desejos, colocando
a relevo aqueles ingredientes que são os pilares da sua vida enquanto ser
humano. Um indivíduo assim se parece muito com os produtos light que
tanto estão presentes nas nossas vidas actualmente, como as comidas baixas em
calorias, em gordura e açúcar. Como a coca-cola sem cafeína, a manteiga com
pouca gordura, a cerveja sem álcool, o tabaco sem nicotina, em fim, uma lista
interminável da versão “light” para tudo.
O light leva
implícita uma verdadeira mensagem: tudo é ligeiro, suave, leviano, aéreo, débil
e tudo com um baixo conteúdo calórico. "Os valores se
necessitam para construir um projecto de vida digno que dê sentido a nossa
existência.
Disso se trata a
educação: humanizar a juventude." (Fernando González Lucini)
Nos últimos anos tem surgido um novo
homem, produto da sociedade ocidental actual, o homem light. Aquele
que leva como bandeira o hedonismo, o consumismo, a permissividade e a
relatividade. Aquele cuja única meta na vida é alcançar o êxito e anda de mãos
dadas com o dinheiro, o consumo e o facilitismo porque ao fim e ao cabo se baseia
no materialismo, na aquisição e satisfação imediata de seus desejos, colocando
a relevo aqueles ingredientes que são os pilares da sua vida enquanto ser
humano. Um indivíduo assim se parece muito com os produtos light que
tanto estão presentes nas nossas vidas actualmente, como as comidas baixas em
calorias, em gordura e açúcar. Como a coca-cola sem cafeína, a manteiga com
pouca gordura, a cerveja sem álcool, o tabaco sem nicotina, em fim, uma lista
interminável da versão “light” para tudo.
O light leva
implícita uma verdadeira mensagem: tudo é ligeiro, suave, leviano, aéreo, débil
e tudo com um baixo conteúdo calórico.
Assim, nesta versão de ser humano,
passa-se a um homem com as seguintes características: bem informado mas com
pouca substância, pouco conteúdo, entregue ao dinheiro, ao poder, ao êxito e ao
gozo ilimitado e sem restrições; que carece de referencias e tem um grande
vazio moral. Um homem que apesar de ser informado, tem pouca
educação humana e está confiado ao pragmatismo. Um homem onde tudo
lhe interessa mas a nível superficial e não consegue fazer uma síntese do que
percebe e em consequência se converte num sujeito trivial, frívolo, que aceita
tudo mas que carece de uns critérios sólidos de conduta. Tudo se torna volátil,
banal e permissivo. Vê mudanças tão rápidas e num espaço de tempo tão curto que
passa a ter dificuldades em saber a que atener-se. Está a deriva, sem idéias
claras e enredado em um mundo cheio de informação que o distrai
e o converte num homem superficial, indiferente, permissivo e com um grande
vazio moral.
Frente a esta cultura do instante
está a solidez de um pensamento humanista; frente a ausencia de vínculos e o
compromisso com os ideais que torna o homem atractivo e eleva sua dignidade e
pretensões. A busca de um sentido através da coerência e do compromisso com os
demais. Um ser humano que quer saber o que é bom ou mal, que se apoia no
progresso humano e científico mas que não se entrega a cultura da vida fácil,
na qual qualquer motivação tem como fim o bem-estar, um determinado nível de
vida ou prazer sem mais, sabendo que não há verdadeiro progresso humano se este
não se desenvolve com um fundo moral.
Segundo o conceituado psiquiatra e
escritor espanhol Enrique Rojas, as soluções para o homem light consistem
em recuperar o humanismo; o amor, trabalho e cultura mas sem falsificar as
palavras, ou seja, a primacia da pessoa sobre as estruturas; voltar aos valores
porque o progresso material não pode colmar por si mesmo as aspirações humanas;
recuperar o homem sonhador e pensador que há em nós porque cada ser é uma
promessa e para que esta se torne realidade, há que lutar consigo mesmo e para
isto necessitamos de uma identidade, de um referencial atractivo que nos
arraste a esta direcção. Assim, o homem das próximas décadas será profundo,
sábio, forte moralmente e terá coerência em sua vida.
Em fim, se trata de conseguir um
homem mais digno, que quer ser mais culto para ser mais livre, fazer um mundo
mais cordial e compreensivo; criar um espaço mais afectivo onde caiba o material,
o espiritual e o cultural.
A felicidade nunca é um presente, tem
que ser conquistada e trabalhada e nela está a coerência, a vida com argumento,
o esforço para que saia o melhor de nós mesmos e a fidelidade. Cada ingrediente
fixa e mantém a chave que alimenta a trilogia que está composta de
amor, trabalho e cultura. Ter uma personalidade com um certo grau de maturidade
e equilibrio psicológico e todas as pessoas e instituições, organizações da
comunidade, meios de comunicação social e o estado devem modelar e ensinar os
valores morais como o respeito, a convivência, o esforço, a equidade ou o uso
razoável da liberdade, como afirma Victoria Camps, professora da Universidade
Autónoma de Barcelona. É necessário recuperar o bom sentido dos conceitos como
a autoridade, norma, esforço, disciplina ou tolerância. O futuro e o bem-estar
da sociedade depende do compromisso de todos.
Assim, nesta versão de ser humano,
passa-se a um homem com as seguintes características: bem informado mas com
pouca substância, pouco conteúdo, entregue ao dinheiro, ao poder, ao êxito e ao
gozo ilimitado e sem restrições; que carece de referencias e tem um grande
vazio moral. Um homem que apesar de ser informado, tem pouca
educação humana e está confiado ao pragmatismo. Um homem onde tudo
lhe interessa mas a nível superficial e não consegue fazer uma síntese do que
percebe e em consequência se converte num sujeito trivial, frívolo, que aceita
tudo mas que carece de uns critérios sólidos de conduta. Tudo se torna volátil,
banal e permissivo. Vê mudanças tão rápidas e num espaço de tempo tão curto que
passa a ter dificuldades em saber a que atener-se. Está a deriva, sem idéias
claras e enredado em um mundo cheio de informação que o distrai
e o converte num homem superficial, indiferente, permissivo e com um grande
vazio moral.
Frente a esta cultura do instante
está a solidez de um pensamento humanista; frente a ausência de vínculos e o
compromisso com os ideais que torna o homem atractivo e eleva sua dignidade e
pretensões. A busca de um sentido através da coerência e do compromisso com os
demais. Um ser humano que quer saber o que é bom ou mal, que se apoia no
progresso humano e científico mas que não se entrega a cultura da vida fácil,
na qual qualquer motivação tem como fim o bem-estar, um determinado nível de
vida ou prazer sem mais, sabendo que não há verdadeiro progresso humano se este
não se desenvolve com um fundo moral.
Segundo o conceituado psiquiatra e
escritor espanhol Enrique Rojas, as soluções para o homem light consistem
em recuperar o humanismo; o amor, trabalho e cultura mas sem falsificar as
palavras, ou seja, a primacia da pessoa sobre as estruturas; voltar aos valores
porque o progresso material não pode colmar por si mesmo as aspirações humanas;
recuperar o homem sonhador e pensador que há em nós porque cada ser é uma
promessa e para que esta se torne realidade, há que lutar consigo mesmo e para
isto necessitamos de uma identidade, de um referencial atrativo que nos
arraste a esta direção. Assim, o homem das próximas décadas será profundo,
sábio, forte moralmente e terá coerência em sua vida.
Em fim, se trata de conseguir um
homem mais digno, que quer ser mais culto para ser mais livre, fazer um mundo
mais cordial e compreensivo; criar um espaço mais afetivo onde caiba o material,
o espiritual e o cultural.
A felicidade nunca é um presente, tem
que ser conquistada e trabalhada e nela está a coerência, a vida com argumento,
o esforço para que saia o melhor de nós mesmos e a fidelidade. Cada ingrediente
fixa e mantém a chave que alimenta a trilogia que está composta de
amor, trabalho e cultura. Ter uma personalidade com um certo grau de maturidade
e equilíbrio psicológico e todas as pessoas e instituições, organizações da
comunidade, meios de comunicação social e o estado devem modelar e ensinar os
valores morais como o respeito, a convivência, o esforço, a equidade ou o uso
razoável da liberdade, como afirma Victoria Camps, professora da Universidade
Autónoma de Barcelona. É necessário recuperar o bom sentido dos conceitos como
a autoridade, norma, esforço, disciplina ou tolerância. O futuro e o bem-estar
da sociedade depende do compromisso de todos.
Comentários
Postar um comentário