Olá pensadores! Tudo bem com
vocês ? Comigo está ótimo! No último texto falei um pouco sobre arte através
de um olhar filosófico e ao afinal do
texto citei um filósofo que edificou seu pensamento através da arte, e é sobre
ele que vamos falar hoje. Vou te apresentar o filósofo alemão Schelling.
Friedrich Wilhelm Schelling
nasceu em 1775 na cidade de Wurtenberg, filho de um pastor luterano . Entra
para o seminário de Tübingem, onde tem colegas como Hölderin e Hegel . Interessa -se inicialmente pela exegese racionalistas das
escrituras . Depois descobre sua vocação filosófica ao ler Fitchte, e suas
primeiras publicações são fiéis ao pensamento do mestre. Seu primeiro trabalho
é como preceptor em Leipzig. Publica a Alma do mundo, com quem atrai a atenção
de Goethe, que lhe consegue um cargo na
Universidade de Lena, onde ensina até 1803 e escreve boa parte da sua obra.
Rompendo com Fitche em 1801 torna-se expoente da filosofia da natureza e da
identidade. Mais tarde aceita um cargo na universidade de Würtzburg, onde seu
ensino se tornou mais difícil e mais obscuro, tem menos sucesso. Instala-se
então em Munique como secretário da academia de Belas- Artes, mas sente falta
de suas aulas. Em 1827, obtém uma cátedra na Universidade de Munique, onde
ensina uma nova filosofia, fundada na revelação do panteísmo que até então
professara .
No auge da sua glória
torna-se presidente da Academia de Ciências e preceptor do príncipe herdeiro,
Maximiliano da Baviera. Encerra sua carreira em Berlim, em 1845. Durante todos
esses anos, continuou a escrever, mas publicando cada vez menos. Morre nove
anos depois(1854) em Ragaz na Suíça, sem ter podido dar toques finais em sua
derradeira filosofia.
A originalidade de Schelling
consiste em se recusar a tratar a arte como um objeto particular, concebendo a
própria criação do universo no elemento da arte . É toda filosofia de Schelling
e seu idealismo que podemos qualificar estéticos. Com efeito, a arte nos
proporciona a mais elevada revelação do absoluto , pois atesta a mais perfeita união
entre o espírito e a natureza, identidade não é formal nem abstrata, já que é o
fruto de uma luta entre os opostos e de uma harmonia redescoberta. Somente a
arte é apta mantê-los harmoniosamente juntos, e a obra de arte, resolução
concreta das contradições do homem entre atividade consciente e atividade
inconsciente, liberdade e necessidade, é essa individualidade privilegiada pela
qual o absoluto se torna real e objetivo. Isso explica a influência profunda
exercida por Schelling sobre o romantismo alemão, de que considerado o
verdadeiro teórico.
De fato, os
românticos encontraram em Schelling, tanto em sua filosofia da natureza, como
na filosofia da arte, a expressão filosófica e a sistematização das suas ideias
mais caras, que constituem a estética romântica : A rejeição da interpretação
mecanicista e a concepção de uma natureza viva; a afirmação daunidade universal, e da
identidade entre o espírito e natureza ;
a reabilitação da intuição intelectual; a concepção de uma inspiração em
que as forças naturais e inconscientes e que, por suas origens profundas, nos
põe em relação com o dinamismo secreto, com a força criadora do universo.
Enfim, um último tema caro aos românticos encontra na sua justificação racional
na filosofia da arte de Schelling: O primado atribuído à poesia.
Como vocês notaram essa é a
primeira parte que explica a filosofia da arte de Schelling, convido você a ler na próxima semana a segunda
parte desse texto que acredito que vai esclarecer muito a ideia de alguns
termos que tem nesse texto, como por exemplo a ideia de absoluto ou de
idealismo, então aguardo você na próxima semana, e sabendo da importância da
arte em nossas vidas convido você a apreciá-la: Vá ao teatro, visite um museu,
leia um livro de poesia, esse é o maior investimento que você poder fazer ,
acredite nisso.
(Sousa, Adriano Soares de
Sousa)
Referência bibliográfica: Filosofia
Construindo o pensar. Volume único, Autores: Dora Incontri, e Alessandro Cesar
Bigheto.
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