Olá pensadores, tudo bem com vocês? Comigo está tudo bem
graças a Deus. Hoje continuamos com a nossa sequência de artigos sobre as
eleições e política. E hoje trago em
debate o que está sendo motivo de muita briga Brasil afora : as ideologias
partidárias , basicamente entre esquerda x direita, capitalismo x comunismo,
liberalismo x socialismo e time capitão América x time Homem de Ferro (
Desculpa empolguei).
Agora falando sério, entre os séculos XVII e XIX, as diversas
transformações que marcaram a Europa e o continente americano, possibilitaram o
surgimento de novas concepções preocupadas em dar sentido ou teorizar a rápida ascensão do
sistema capitalista. Para tanto , vários pensadores se debruçaram na árdua
tarefa de negar, reformar ou legitimar as novas relações de ordem social,
econômica e política que ganhavam fôlego em um mundo que passava a ter uma nova
roupagem.
Uma das mais marcantes transformações trazidas pelo
capitalismo foi, sem dúvida alguma, foi a capacidade de racionalizar gastos dos
recursos e gerar riquezas. Após a deflagração da Revolução Industrial, as
possibilidades de se aperfeiçoar a mão de obra, da tecnologia e dos recursos
naturais parecia ter alcançado patamares inimagináveis. Contudo, as
transformações desse novo período histórico não se resumiam somente à
implicações de caráter positivo.
Mesmo com o desenvolvimento de tais possibilidades e a
criação de governos que prometiam colocar os homens em posição equivalente, a
nova ordem consagrada pela burguesia tinham seus problemas. Em linhas gerais, a
ordem capitalista e os governos liberais ainda conviviam com as desigualdades
que promoviam a distinção dos indivíduos em classes sociais.
A corrente liberal defendia os vários pressupostos que
compunham essa nova realidade oferecida pelo capitalismo . Aprovavam o direito
à propriedade privada, amplas liberdades no desenvolvimento das atividades
comerciais e a igualdade dos indivíduos perante a lei. Além disso, elogiavam a
prosperidade do homem nos negócios ao verem sua riqueza beneficiava sociedade
como o todo. Dessa forma, acreditavam que a riqueza seria uma benesse acessível
a todos que trabalhassem.
Com relação a miséria e as desigualdades, a doutrina liberal
acredita que a pobreza do homem tem sua
origem em seu fracasso pessoal. Para que pudesse superar essa situação de
penúria, o pobre deveria ter uma postura colaborativa para com seus patrões
tendo o cuidado em preservar os seus bens e dar o máximo de sua força de
trabalho na produção de mais riquezas . Concomitantemente, lhe seria exigida paciência e fé enquanto virtudes que
o ajudariam na superação de sua condição.
Se as promessas de liberdade e bem- estar da sociedade
burguesa sempre foram sedutoras e continuam a colorir o sonho de consumo de
vastos setores dos governos e das sociedades modernas, sabemos pela história
que sempre foi e é uma minoria que usufrui das benesses do progresso humano. Há
sociedades mais igualitárias, mas também são minoria. Conclui-se então, que o sonho
burguês é apenas sonho e que a solução individualista para felicidade não
resolve o problema da maioria, sendo que grande parte nem mesmo consegue
atender as suas necessidades básicas, como alimentação, moradia e saúde . E nem
estou falando de educação, cultura e lazer.
Foi como crítica ao sistema capitalista que , a partir do
século XIX, começaram a surgir
movimentos de contestação e revolta por parte dos trabalhadores assalariados,
os que viviam , nos países que iniciaram a industrialização, em situação de
miséria, sofrimento e quase sem nenhum direito: Jornada de trabalhos de mais de
14 horas, trabalho infantil, salários miseráveis, insalubridade, semiescravidão
(qualquer semelhança com a nossa reforma trabalhista é mera coincidência) .
É por isso que, no século XIX, sugiram os movimentos
socialistas chamados de "socialistas utópicos", em contraposição ao
"socialismo científico" de Marx e Engels. Enquanto os primeiros
acreditavam em um diálogo com os capitalistas para melhorar a vida, dos
proletários, com reformas pontuais, os marxistas defendiam uma revolução radical para o pôr um
fim ao sistema explorador injusto. O pensamento, socialista, inspirado
Rousseau, tenta enxergar esses problemas como consequência das relações sociais
estabelecidas entre os homens. Seguindo
tal linha, os socialistas passariam a realizar
uma crítica ao comportamento assumido pelos homens em uma sociedade que estabelecia tais diferenciações.
Dessa, forma os argumentos que justificavam as desigualdades
por meio do fracasso pessoal perdem terreno para o questionamento profundo de
toda a lógica que formava a sociedade capitalista. Antes de apontar o progresso
do capital como um benefício, os socialistas realizam uma investigação que vai
detectar na oposição entre classes sociais a força opera grande parte dessas
relações e problemas da sociedade.
Está é uma visão simplificada de ambos os lados. Não
colocamos aqui a questão democrática , defendida tanto liberais como para os
socialistas.
É evidente que há muitas formas de conceber o que seja
democracia, como já dissemos , e aí que os embates teóricos e práticos
acontecem. De qualquer forma, é bom deixar claro que a democracia, iniciada lá
em Atenas com Péricles( século V a. C )
defendida e contestada pelos filósofos , presa costumeira dos déspotas e
ditadores, não foi e nem é criação ou propriedade exclusiva dos liberais
capitalistas, muito menos dos socialistas.
Os valores da autêntica democracia, que incluem, direitos e deveres do
cidadão, têm sido uma difícil e penosa conquista de todos aqueles que têm
acreditado e lutam por um mundo livre, igualitário, justo, fraterno, para uma
participação de todos. Esses fins não justificam os meios que não os levem em
consideração desde o princípio e os que tenham princípios fundamentais.
(Sousa, Adriano Soares de)
Referência bibliográfica: O Manifesto, Karl Marx
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